segunda-feira, 3 de março de 2008

A primeira medalha olímpica portuguesa

Na Foto os elementos da Equipe Portuguesa medalha de Bronze nas Olimpiadas de Paris.
Da esquerda para a direita: Luís Margaride; Mouzinho de Albuquerque; Manuel Latinos ( chefe de equipe); Borges de Almeida; Helder Martins.


Foi no hipismo que Portugal ganhou a sua primeira medalha olímpica.
Em obstáculos e por equipes Portugal classificou-se em terceiro lugar nas Olimpíadas de Paris em 1924.

Nos jogos Olímpicos de Paris, Portugal apresentou a sua primeira reprentação. Foi um rotundo sucesso, pois obtivemos logo uma medalha de Bronze na nossa primeira experiência olímpica. Foi a primeira medalha ganha por portugueses na história das nossas participações.
Ela era o reflexo da qualidade do nosso hipismo naquela época.

A nossa primeira representação equestre participou na prova «Taça das Nações», prova por Equipes de Obstáculos. Era constituída pelos seguintes cavaleiros ( os que estão na fotografia): Aníbal Borges de Almeida, montando “Reginald” (5º); Hélder de Sousa Martins, montando “Avro” (12º); José Mouzinho de Albuquerque, montando “Hebraico” (16º) e D. Luís Cardoso de Menezes (Margaride), montando “Profond” (21º).

Em 1928, nos Jogos de Amesterdão, a Equipe portuguesa ficou na prova de obstáculos num muito honroso 6º lugar. Era composta pelos cavaleiros: José Mouzinho de Albuquerque, montando “Hebraico” (19 º); Luís Ivens Ferraz, montando “Marco Visconti” (15º) e Hélder de Sousa Martins, montando “Avro”(16º).

Novamente uma representação portuguesa nos Jogos de Berlim, em 1936. Novamente uma medalha de Bronze na mesma prova. A nossa Equipe era assim constituída (todos oficiais de cavalaria): José Beltrão, montando "Biscuit" (5º); Domingos de Sousa Coutinho, montando "Merle Blanc" (16º) e Luís Mena e Silva, montando “Faussette” (21º).


As olimpíadas de 1948, que decorreram em Londres, vieram novamente a dar uma medalha de Bronze à Equipe que representou Portugal. Agora foi em Dressage.
A nossa Equipe era constituída por Fernando Pais, montando “Matamás” (10º); Fancisco Valadas, montando “Feitiço” (11º) e Luís Mena e Silva (12º), montando “Fascinante” (12º).

Foi uma época de ouro e glória, do nosso Hipismo.

Até hoje não mais conseguimos classificações tão brilhantes, apesar dos bons resultados conseguidos nos anos subsequentes por brilhantes cavaleiros nacionais, de que falaremos posteriormente.

sábado, 1 de março de 2008

As Academias Equestres (1)


Instituições que são o garante e a defesa de uma cultura, com padrões bem definidos de métodos de trabalho, que são uma sequencia do conhecimento das técnicas do passado.
São verdadeiros museus vivos do conhecimento, da história do homem e do cavalo.
A sabedoria dos Mestres é nelas aplicada, com rigor e qualidade.
Dão a conhecer ao mundo o que sabem fazer…a sua arte.
Promovem a equitação e o cavalo
Dignificam e Ensinam

Duas delas pela antiguidade do seu serviço se destacam e também pelos elevados padrões de qualidade, que souberam manter.

A Escola Espanhola de Viena de Áustria
Saumur

Em Portugal houve a Picaria real, que o «liberalismo» desprezou.
A «democracia» ainda não encontrou a verdadeira vocação para a Escola Portuguesa de Arte Equestre.
Falta de meios…seria sempre um rentável investimento…certamente um sucesso, pois a nossa rica tradição equestre é muito apreciada…a razão mais provável é a ignorância com a vestimenta provinciana, dos nossos responsáveis políticos.
Nem sequer há meios …visão ou vontade para preservar a nossa Escola Militar, que tanto conhecimento adquirido tem…que originou glórias para o país…mas que podem apenas ficar registadas …na memória de alguns.

Começaram muito depois de nós…pediram-nos apoio e ajuda…aí estão os nossos vizinhos espanhóis em força …com a sua magnifica Real Escola Andaluza de Arte Equestre.

O mais recente grande investimento ao nível da tradição da arte equestre, foi feito pelos franceses
Criaram a Academia de Espectáculos Equestres de Versailles
Deram de novo função às instalações da «Écurie Royal» … reavivaram o símbolo, que está na base da Equitação Académica…o sucesso está garantido.

Os grandes espectáculos equestres são importante instrumento de promoção e uma garantia da continuidade da qualidade equestre. Todos somos merecedores de ver e apreciar a arte, o conhecimento, rigor…a qualidade.

Exemplo que se impõe referir é o espectáculo " A Passionata ", que foi colocado em cena por Bertin Osborne, onde sobressai a participação portuguesa através de Luís Valença, e que permanece como espectáculo de grande êxito mundial há já varios anos.